A galera está tão sagaz em querer ter resultados, que parecem até que são atletas profissionais e que precisam a todo custo provar isso.
Porque digo isso? Diariamente recebo feedbacks que esse treino ou aquele não saiu como previsto. Até aí tudo bem, mas o que me preocupa é a intensidade de sofrimento e questionamento por não ter dado certo.
Alguns até desistiram do esporte porque não souberam lidar com um dia de cada vez e nem sempre do jeito que queremos.
Mas se pararmos para pensar, na nossa vida todo dia é igual? Todo dia zeramos o jogo da vida? Definitivamente não!
Eu sempre brinco com os meus alunos: Você vai perder seu patrocínio? A reposta já sabemos, é não, e como não vamos perder, não precisamos gastar nossa energia com sofrimento.
Há várias diferenças entre o atleta profissional e o atleta amador. Uma delas é que o esporte de alto rendimento é a busca de um espaço restrito, o pódio, às vezes um único instante de glória em toda uma carreira. E todas as carreiras uma hora terminam.
O espaço do amador é justamente o contrário, é e deve ser para muitos, frente aos incontáveis benefícios que a atividade traz. A missão, inclusive dos treinadores, é cultivar esse espaço. E lembrar que a carreira do amador é do tamanho de uma vida.
Assim, há muito mais tempo e oportunidades para aprender com as expectativas frustradas, sacudir a poeira e seguir em frente.
Já que não tem um empresário na sua cola, você é livre para fazer o melhor por sua saúde, física e mental. E de uma forma que lhe dê prazer. Sem desespero