Quero falar sobre uma questão que não deveria existir: o jogo sujo no esporte. As pessoas enchem a boca para falar dos políticos, dos corruptos, mas se esquecem que a corrupção está também em outros lugares.
O esporte infelizmente não está livre disso. É atleta que se inscreve como idoso, corre na pipoca, corta caminho e até usa de bicicleta para completar a prova. Isso sem falar daqueles que contam com uma ajudinha da química para melhorar os resultados, alcançar um índice, um pódio e por aí vai.
E se não bastasse temos ainda o jogo sujo dos treinadores. Para aparentar o sucesso, chegam a pagar para atletas treinados por outras equipes para correr pela sua. O sujeito quer mostrar um resultado que não é capaz de produzir, com base no trabalho de outro.
Mais grave ainda são aqueles que se dizem treinadores. Infelizmente é muito comum pessoas não formadas ou não registradas exercerem a profissão de educador físico. Esses profissionais acham que ter experiência já basta e saem prescrevendo treinos por aí. Isso é um perigo. Infelizmente a fiscalização é insuficiente e os alunos não têm o costume de verificar a formação do seu treinador, colocando sua saúde em risco.
O que há em comum entre os atletas e treinadores que jogam sujo? A necessidade de aparentar sucesso a qualquer custo, de chegar no resultado pelo atalho, de aparentar o que não são. O esporte deveria ser o ambiente para celebrarmos o mérito, o esforço, o merecimento. Gostaria que fosse possível celebrar o esporte de forma despreocupada, mas infelizmente, como em outras áreas, temos sempre que ficar com um pé atrás. Tá faltando ética e lembrança do que o esporte representa!