Quem gosta de vencer? Eu mesma, até em bingo de frango da igreja! É difícil pensar em alguém que não aprecie o gosto de uma conquista, de ser reconhecido, seja no esporte, no trabalho, ou em qualquer área.
Vejo muitos atletas amadores treinarem muito para ganhar um troféu. Até aqui nada de errado, o desejo de chegar ao pódio pode ser um poderoso motivador para enfrentar os treinos. Minha chinelada vai é para aqueles que desistem por acharem que não tem condições de ganhar! “Vencer é ótimo, mas é na derrota que se cresce”. “Perder ou vencer, o importante é participar”. “O importante é competir”. São clichês e pode apostar que não convencem aquele seu amigo que sempre dá um “bolo” quando tudo não está 100% perfeito. Mas o que temos a aprender, de verdade?
A vitória ou derrota em si não definem ninguém, a forma como se reage à elas sim. Quem já se preparou para uma competição e perdeu sabe: por mais que você reconheça a superioridade do adversário é impossível se preparar a derrota. Mas isso não é motivo para termos medo dela.
Já enfrentei adversários maiores e melhores, tão superiores que a vitória seria impensável, e perdi. Perdi a corrida para mim mesma e fiz um tempo maior que o previsto. Hoje, sei e falo para meus alunos que o fundamental é ter você mesmo como referência. Toda prova é uma oportunidade de superar seus limites, evoluir a qualidade da corrida, dar o melhor de si. E isso é algo a se comemorar. Será que ganhar um troféu é mais importante que isso? Certeza que não!