Top 100, top 30, top 20 ou top isso. A primeira vez que vi uma prova com medalha diferenciada foi na Golden Four Asics. A prova nasceu com a proposta de dar as melhores condições para os atletas, inclusive amadores, se superarem, com percursos rápidos e diferenciados. Além disso, a medalha dourada para os “tops” deixa os corredores com ainda mais “sangue no olho” na prova.
Mais e mais provas prestigiam os atletas que chegam primeiro, normalmente 100 para os homens, 30 para mulheres (dessa desigualdade vou falar em outro post). Que idéia sensacional! Quem já ganhou, sente que todo o treino valeu a pena. É uma forma bem bacana de prestigiar não somente os primeiros cinco colocados, mas uma quantidade maior de pessoas que além de treinarem muito, são rápidas também.
O problema é que alguns participantes, adoram um atalho, o famoso cortar caminho. Ontem mesmo estava assistindo a prova (Golden Asics BSB) vi os atletas fazendo força para alcançarem a famosa medalha. De repente avisto uma mulher, com a cara de pouco esforço, que teoricamente estava fechando para 1h30min. Pensei na hora: “essa pessoa não correu 21 km nunca, tem algo errado ai”. E tinha!
Ela veio de outra corrida, que estava ocorrendo nas proximidades, portando o número de peito. Num barato de endorfina, deve ter achado que seria legal se enfiar em outra prova, inclusive cruzar a linha de chegada. Felizmente a organização da prova percebeu, apesar de não evitar que a “atleta” cruzasse a linha de chegada, não deu bola para ela. Ficou apenas o micão dela!
Esse foi apenas um dos exemplos que já vi. Mas tem de tudo: cortar caminho, se valer ônibus, metrô, bicicleta (será que vale como duatlhon?), táxi e fazer só o final. Isso é ilegal, impróprio e uma sacanagem com quem está treinando, que pagou pela prova e tá dando o seu melhor. Ter uma medalha sem esforço não te fará uma pessoa melhor e muito menos valorizada. Respeitem os tops!